Todo profissional se projeta
pelas escolhas que vai fazendo durante sua vida. Nada é alcançado sem alguma luta,
sem algum conflito com os outros. A natureza humana é contraditória e precisa de
certezas concedidas pelo grupo de convivência. Mas, a visibilidade é relativa à
densidade de valor que se agregou a uma coisa ou uma pessoa em relação às suas atitudes
ao passar do tempo.
A visibilidade se liga às suas
narrativas escritas e publicadas, pois
escrever reforça a forma de mostrar e dar-se a ver para a apreciação do outro.
A escrita cria um lugar no passado ao qual podemos sempre recorrer e regressar
para uma acolhida de coerência ou quando um confronto estiver inserido em nossa
vida.
O reconhecimento do outro de nossa
qualidade dá densidade e confere a visibilidade, pois nos separa com destaque
entre pares, como líder e paradigma; é uma
atuação que representa o reconhecimento de
muitos para uma vida dedicada a tratar com
sucesso as metas conseguidas. Assim, mesmo a invídia de pessoas ou artefatos excludentes pode retirar
uma visibilidade que já acontecida.
Todos querem participação, mas muitos não querem a exposição e o
julgamento público que isso resulta. Ou não têm qualidade para expor ideias ou
ações a seus convenentes. No mundo da visibilidade nossa atuação se relaciona a
esta condição de convencer e não decepcionar o outro, que confirma o nosso atuar com marcos que vão
colocando no caminho desta nossa aventura existencial.
Existem profissionais
radicais verdadeiros em todas as áreas: na arquitetura temos Brasília, na
sociologia os direitos das minorias, na física a singularidade, na biologia a
clonagem e assim seguindo acharemos os
em todos os campos uma visibilidade conquistada por ações. Estes são os
radicas que se destacam trabalhando para objeto de seu amor. Estão voltados
para o fundamental e o essencial em desenvolver sua arte ou ofício.
Contudo existe profissionais,
tipo radical cor de rosa, que pregam a
discórdia, a confusão a briga entre conhecimentos e com pessoas com conhecimento.
Nada produzem nada escrevem e com o silêncio dos insensatos lutam por uma presença
sem possuir qualquer qualidade de arte ou ofício. Eles têm o silencio do
conhecimento e da incomunicação pela sua solidão solenemente improdutiva. Quando se pronunciam é para
semear a discórdia na inverdade de suas pequenas narrativas, seus dados mal
arranjados ou recolhidos e inferências que privilegiam seus interesses de obscurecer
coisas já estabelecidas.
Sua opção intelectual é a do linkador, que por não
produz nada de seu próprio eu consciente vai incitando a desordem intelectual
por indicações mal formadas vivendo na dominância do cultivo intelectual do eu
vizinho e refugiado em seu próprio casulo de onde vai dando indícios
inadequados.
É nesse ambiente de
convivência profissional que habita o radical cor de rosa, que pelo anseio de uma de visibilidade não conseguida
vive da palavra do outro como uma esmola que lhe deixaram as horas e os séculos.