sábado, 7 de abril de 2012

A inovação é uma atitude com vigor dinâmico.




O conceito de nova tecnologia da informação e da comunicação está ultrapassado – quando para significar o conjunto de tecnologias relacionadas à Internet, a web, a base digital única, o teleprocessamento e microeletrônica. É uma expressão envelhecida e errada, pois a tal nova tecnologia tem hoje cerca de 20 anos o que indica ser uma tecnologia velha. A própria interface web de Berners-Lee, uma tecnologia paralela a Internet,  já vai para sua terceira versão. O que, contudo, não impede que outras novas tecnologias da informação aderentes apareçam a cada seis meses; umas serão inovações outras irão para a prateleira. Correto seria falar agora em tecnologias intensas em inovação para referenciar “as antigas tecnologias de informação e comunicação”.

É necessário, portanto, mesmo correndo o risco de ser tedioso ou excessivo, explicitar determinados conceitos relacionados com o assunto. Tecnologia é aqui entendida como sendo “o conjunto de todos os conhecimentos – científicos empíricos ou intuitivos – empregados na produção e comercialização de bens e serviços". Verifica-se que o conceito de tecnologia está diretamente ligado ao de conhecimento, que definimos de forma bastante simples, como sendo informação que é absorvidas ou assimiladas e é capaz de modificar a estrutura cognitiva do indivíduo e do seu grupo.

Tecnologia, portanto, não é a máquina ou um processo de produção com suas plantas, manuais, instruções e especificações, mas, sim, o conhecimento que gerou a máquina, o processo, a planta industrial; o conhecimento e que permite uma absorção, adaptação, transferência e difusão quando associado a uma base de informação.

O termo transferência de tecnologia só deve ser empregado quando se verificar a passagem do conhecimento associado ao funcionamento e geração do produto ou processo criando, assim, a possibilidade de (re) ocasionar a nova tecnologia ou de adaptá-la às condições do contexto. Não havendo a transferência de conhecimento, estabelece-se simplesmente uma transação de compra e venda de tecnologia. Fechada e embalada como uma mercadoria, e geralmente denominada “ venda de pacote tecnológico” ou “caixa preta”.

Todo processo de produção de tecnologia envolve atividades de pesquisa e desenvolvimento.  A pesquisa produz novos conhecimentos e o desenvolvimento experimental testa a operacionalidade deste novo saber mirando na produção de novos materiais, produtos, equipamentos e processos. O desenvolvimento experimental examina a possibilidade de se usar a nova técnica e testa a existência de condições estruturais em termos de infraestrutura de engenharia básica para sua operacionalização. De nada adianta a geração interna oou a compra de tecnologia para uma organização ou sociedade caso não se tenha as condições que possibilitem a criação de uma capacidade operacional, isto é, caso não se possa “engenheirar” a nova técnica.

No desenvolvimento de determinada tecnologia aparecem sempre tecnologias paralelas relacionadas aos insumos ou ao equipamento ou ao processo de produção. A tecnologia principal é a central. As paralelas são as tecnologias correlatas. Uma tecnologia central muitas vezes necessita, para sua melhor  operacionalização de uma tecnologia paralela. É o caso da Internet e da Web. A tecnologia da web – uma configuração visual da internet – só existe como coadjuvante de uma tecnologia central.

O potencial de absorção de tecnologia nova vai depender basicamente de quatro fatores:

1. Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento Experimental e infraestrutura de engenharia existente internamente;

2. Possibilidade de transferência de tecnologia adquirida no exterior;

3. Nível de qualidade do estoque e a densidade da tecnologia instalada no país; a concentração tecnológica existente no espaço considerado para absorção;

4. Competência operacional do setor produtivo. De nada adianta pesquisar e desenvolver uma nova forma de empacotar bananas se não existir na indústria as máquinas necessárias para operar isto, ou, uma condição operacional de inserir estas máquinas no parque industrial
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Mas a tecnologia está sempre referenciada  a um conjunto de informações, a princípios científicos ou intuitivos ou aos processos de uma arte aplicados a um determinado ramo de atividade. A Inovação difere basicamente da invenção tecnológica. Se a tecnologia é uma sucessão de eventos sistemáticos de técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos direcionados para uma ação de transformação a inovação é a aceitação e a difusão destes eventos pela pluralidade dos elementos de um determinado espaço social. É a  introdução de um conhecimento assimilado e representa um conjunto de atos voluntários pelo qual os indivíduos em conjunto reelaboram e tentam modificar o seu mundo.

A inovação não é a simples transferência da técnica; é uma ação de aceitação e inclusão de um conhecimento que foi aceito em uma realidade;  representa um conjunto de atos sujeitos a barreiras contextuais e operacionais; depende do homem e sua vontade não de discursos estáticos. A inovação é uma atitude com vigor dinâmico.

 Aldo de Albuquerque Barreto

Rememória atualizada e revista de artigo publicado em 2010 no Datagramazero.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O DataGramaZero de ABRIL 2012 esta' disponível




O DataGramaZero celebra sua Páscoa comunicando aos seu leitores que é reconhecido por quatorze áreas no Qualis da Capes, em diferentes gradações: ciências sociais aplicadas I; administração, ciências contábeis, turismo; educação; engenharias II; engenharias III; história; interdisciplinar ; letras e  linguística;  planejamento urbano e regional , demografia: ciência política e relações internacionais; psicologia; saúde coletiva; sociologia;ciência da computação.


O DataGramaZero de ABRIL 2012 tem oito artigos:

1 - Entendimento de requisitos de sistema com abordagem orientada ao domínio  por
      Cláudio José Silva Ribeiro
Resumo: O presente artigo apresenta abordagens para delimitação do domínio, entendimento e julgamento da relevância de informações, além do uso de técnicas para investigação dos requisitos de sistema de informação.

2 O livro de quadrinhos como categoria bibliográfica autônoma
por Daniele Rohr e José Claudio Morelli Matos
Resumo  Este artigo procura caracterizar a categoria bibliográfica livro de quadrinhos e distingui-la das demais obras de arte seqüencial existentes. Identifica a existência de um nicho informacional que não tem recebido tratamento específico por parte das ciências da informação.

3 OpenSocial: Uma Nova Forma de Interação 
por Marciane Elaine Friske Reiter e Gerson Battisti
Resumo  O OpenSocial é um marco importante e em expansão pois responde e impulsiona a fluidez das conversas on-line, flexibiliza a interação e potencializa o uso das redes sociais.

4 A Tecnologia Open Archives Initiative, Object Reuse and Exchange:
Por Joel de Souza e Angel Freddy Godoy Viera
Resumo  O Open Archives Initiative-Object Reuse and Exchange, propende permitir que objetos complexos sejam reutilizados e trocados entre repositórios, transcendendo a idéia de apenas hospedar conteúdo estático.

5  Redes Sociais na Educação a Distância: uma análise do projeto e-Nova
por Airton Zancanaro, Paloma Maria Santos, Andreza Regina Lopes da Silva, Michele Andréia Borges, Patricia Battisti e Fernando José Spanhol Resumo: O artigo buscou avaliar qual a influência das redes sociais no apoio à Educação a Distância  e verificar como se dá a agregação de valor nesse meio.

6  Repositório institucional ou rede social de aprendizagem?
por Jônatas Souza de Abreu
Resumo  O estudo quer  discutir a possibilidade de integração entre redes sociais e os chamados Repositórios Institucionais, chegando, então, a formar uma rede social de aprendizagem.

7 As histórias em quadrinhos: instrumento de informação e de incentivo à leitura
por Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque e Rubem Borges Teixeira Ramos
Resumo: O artigo analisa as histórias em quadrinhos, identificando a semelhança entre determinados períodos históricos e a concepção e atuação dos personagens da Marvel e da DC Comics.

8 O Social Bookmarking como instrumento de apoio à elaboração de guias de literatura na internet  
por Maíra Murrieta Costa e Murilo Bastos da Cunha
Resumo: Discussão sobre o processo de armazenagem de links  em plataformas de social bookmarking e o  processo culmina com a criação de uma lista de sítios ou documentos aproximando-se de um guia de literatura


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Ainda, no DZG de ABRIL 2012 temos a recensão do livro Safari de Estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico e  em Colunas  o teto de opinião A nova perspectiva estrutural da exclusão digital no Brasil.


 está disponível em:


O periodico sai com oito artigos para celebrar a Pácoa e por este mesmo motivo sai mais cedo na web. Este é um periódico privado e de acesso livre e tem o  ISSN 1517-3801.  É indexado no Brasil e no exterior e esta' disponível na Internet em formato html, livre para leitura e cópias. No mesmo site é possivel o acesso aos treze anos do Datagramazero com cerca de 50 números da Revista,  500 artigos, algo como 450 autores e 6 mil referências vinculadas a estes artigos.

O DataGramaZero está registrado no Latindex - Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal em:  http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=2&folio=9535

O periódico é unicamente virtual e tem por objetivo induzir e construir elementos facilitadores de um melhor acesso à escrita e leitura digital. Tem um leitorado médio estimado, por contagem web, em 4.000 acessos de leitores ao mês. Está listado no último Qualis da Capes para mais de uma área do conhecimento.

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