domingo, 20 de dezembro de 2015

Sob o olhar da Capes




Sob o olhar da Capes

A utopia das liberdades civis e dos direitos humanos fragmentou-se com a ideologia das zonas fortes necessária para a defesa da sua segurança de troca de indicações. contra o terror. qualquer sociedade igualitária e justa teria vergonha do que acontece hoje em  área da Capes com as articulações de alguns para manter o poder, assaltando uma vontade incipiente de uma maioria silenciosa, afastada inoperante

Assim, as utopias coletivas perderam sua inocência e existe , hoje, um novo maquinismo humano em que somos obrigados a mostrar que, nossas máquinas giram engranzadas com as dos pequeninos poderes ou não realizamos  mais nada que  para nos da área a felicidade profissional há que ser negociada.

A grande utopia coletiva de pertencimento a uma área de conhecimento  está longe dos resultados finais se medida pelo boa pesquisa hoje.As utopias coletivas foram trocadas por utopias individuais,  facções insignificantes que conduzem toda a uma nova configuração privilegiada organizacional com acesso ao fomento da Capes e no CNPQ.  A utopia da sociedade de área solidária mostra que, na desagregação de seus membros,  há uma des-solidariedade que a transforma em utopia envergonhada. Laços e valores de uma camarilha definem um coletivo inerte de  tendência a estabilidade crescente. E tudo sob o nosso olhar.

É um fatalismo do valor colocado no valor-amizade, quando o centro do cálculo, exclui do mundo toda a esperança de que não esta no grupo politico dominante. Sua racionalidade está em que todo o valor advém do entrelaçamento pessoal  que por sua vez querem mostrar "eqüidade"e condições de equilíbrio, justiça e paz em seu proceder.
E tudo sob o nosso olhar.
Tudo sob o olhar da Capes.


Aldo de Albuquerque Barreto
Pesquisador Sênior


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O professor e suas ferramentas





O professor e suas ferramentas

Para a população em geral de nada adianta um computador sem um propósito para seu uso. Ou uma condição de acesso que permita conhecer os dados, saber do que se trata e como usá-los para melhorar a condição de existência nos lugares que ocupa na sociedade.

Há meses li em um jornal local a reclamação de um professor de uma escola pública no interior do nosso país: “eu precisava tanto de uma caixa de ferramentas e me mandaram um computador”. A utilização do computador precisa de um letramento educacional e digital para que transforme os dados e o canal de disseminação em informação útil. Grandes e suntuosos prédios de bibliotecas públicas é um impeditivo para a entrada de pessoas, principalmente as mais desprovidas.

Quando da inauguração do “palácio” francês, O Centro Nacional de Educação e Cultura Georges Pompidou em Paris os resultados de uma pesquisar revelou,uma espécie de estranhamento do povo e o Centro si: o Centro de Cultura foi visto como um labirinto, onde as pessoas se sentiam pouco à vontade de acordo com seu habitus de convivência.

Principalmente aqueles menos privilegiados. As pessoas que não têm condições cognitivas adequadas para lidar com as referências colocadas  ali  e experimentavam uma sensação de desconforto. Isto foi chamado de “l’effet Beaubourg”. O efeito Beaubourg, bairro de localização do Centro mostra que o tratamento espetacular para projetos de ensino é uma total contradição com o conteúdo instrutivo e formativo que justificam aqueles espaços como sendo para o povo.

Todos estes serviços só têm valor se os dados  na web estiverem linkados entre si e com a aprendizagem para o povo. Nunca contra o povo que deveriam beneficiar.

Veja o sistema de dados do governo inglês; dados centralizados e interligados, um sistema feito por Sir Tim Berners-Lee com a preocupação primeira de prestar contas e instruir os governados de todos os níveis de letramento.  http://data.gov.uk

domingo, 21 de junho de 2015

solistício







Hoje as 16,30 no tempo universal haverá o solstício de verão associado a luz e a momentos de afastamento e aproximação. O que me levou a pensar em grupos de pessoas de diferentes densidade vivencial e seus problemas de sua convivência devido a uma escala de desejos e preferências diferenciados. E como muda esta escala se pensarmos uma pessoa de 20 outra de 70 anos

A aproximação e o afastamento entre pessoas está, ainda, ligado a condições do imponderável e do evanescente. É preciso saber conviver com a adversidade das falsas questões e estar preparado para vivenciar o efêmero - aquilo que existe mais esta desaparecendo, que embora presente, vai no entanto morrer.

Confrontar o imponderável, a circunstância indefinível e inesperada que chegará poderosa e superveniente em nossa vida. Nesses momentos, dado a complexidade emocional destas configurações passamos a viver no pequeníssimo e indeterminado espaço de um vazio temporal; é como viver uma indeterminação entre dois estados. O silencio e o o repouso do afastamento.

imagem tom duffin

domingo, 15 de fevereiro de 2015

tenso, inesperado, raro e surpreendente




imagem Bill Gekas

Quando falamos dos estoques de informação, o acervo, o quantum de informação armazenada poderíamos dizer que, este é um dos artefatos com que operam os agregados de informação: a posse e a distribuição dos estoques de informação. Estes estoques estáticos de informação não geram conhecimento. Existem como possibilidade, como potência da condição de gerar conhecimento.

Para que o conhecimento opere é necessário uma transferência desta informação para a realidade dos receptores e uma conjuntura favorável de apropriação desta informação pelo individuo. Nesse momento nada é menos globalizado que a informação, pois nada é mais subjetivo, privado e individual que, a assimilação do conteúdo de uma informação pelo receptor. Na solidão da assimilação o receptor é uno e a apropriação da informação é dele, de mais ninguém.
É este então o lugar do conhecimento.

A assimilação da informação é a finalização de um processo de aceitação da informação que transcende o seu uso, um ato de apropriação. Este é o destino final do surpreendente e muitas vezes raro fenômeno da informação: criar conhecimento modificador e inovador do indivíduo e do seu contexto.  Entendemos o conhecimento como sendo uma passagem, um fluxo de sensações que são apropriados pela consciência do receptor e este é um processo que se realiza no mais oculto espaço de sua subjetividade. É um caminho pessoal e diferenciado para cada individuo.

Os modos de observar o mundo têm variado ao longo do tempo. Com a Internet  foi prestigiada a idéia de que, na busca do conhecimento, o pensamento e o espaço coletivo predominam  sobre a individualidade.  Contudo, há sempre o espaço do agregar político e o momento da solidão intensa. Um movimento único em uma só direção trará o declínio das grandes esperanças coletivas, a fragmentação dos projetos em uma pluralidade de histórias individuais.

O espaço público tomado pelo "festival de besteira que assola" seus limites perde força política cotidianamente; o espaço do conhecimento público se refugia em agregados individuais de inteligência privada fugindo dos prestidigitadores ágeis em artimanhas como a de administrar, em cartolas,  o conteúdo de consciências individuais.

A grande celebração da solidão individual deve ser mantida;  e  entendida que se processa em dois mundos, e co duas linguagens, a do criador da informação e a daquele que a aceita como conhecimento. Tal como Orfeu,  que habitou o espaço dos vivos e o espaço dos mortos, a informação é cidadã de dois mundos nesta passagem e assume a plenitude de seu intento que é:  tenso,  inesperado, raro e surpreendente.


Aldo Barreto - revisto 2015