um terremoto de palavras para domiciliar registros de relembranças de fatos, idéias, coisas ditas ou escritas e revisões de antigos pensamentos.
domingo, 9 de outubro de 2011
O DataGramaZero de Outubro 2011 esta' online
O DataGramaZero de Outubro 2011 traz os seguintes artigos:
1 - Sociedade do Conhecimento: características, demandas e requisitos
por Gisele Dziekaniak e Aires Rover
Resumo: Define características da Sociedade do Conhecimento. Defende a importância da informação, como um bem social, discordando do modo com a atual Sociedade da Informação a considera: como matéria-prima para o desenvolvimento da livre concorrência econômica, sem atribuir a devida importância ao desenvolvimento cultural e social da humanidade.
2 - Redes Neurais Artificiais
Magali Rezende Gouvêa Meireles e Beatriz Valadares Cendón
Resumo: Verificar a eficiência e a viabilidade do uso de Redes Neurais Artificiais para categorizar e classificar documentos. Foram descritas algumas das características de Redes Neurais Artificiais e sua aplicação na recuperação de informação e em processos de categorização. .
3 - Informação em produtos culturais: o estatuto da informação não-científica
por Carmen Irene C. de Oliveira
Resumo: Desenvolve o conceito de informação não-científica sobre a ciência, estabelecendo seu estatuto e suas propriedades. Como campo empírico para análises elegeu-se remakes de filmes de ficção-científica, compreendendo que há uma informação não-científica que informa sobre a ciência em produtos culturais.
4 - Ontologias aplicada a padronização dos currículos de pesquisadores
por Lívia Regina Nogueira dos Santos e Rosenilda Alcides e Maria do Carmo Duarte Freitas e Helena de Fátima Nunes da Silva
Resumo: O artigo analisa a oferta e a demanda de informação registrada nos currículos de pesquisadores, presentes na plataforma Lattes. O objetivo é demonstrar a aplicação de ontologias como recurso à padronização e correlação de currículos. A expectativa é propor uma metodologia para homogeneizar os currículos de uma equipe.
5 - Interatividade na TV digital aberta:o que o usuário pensa, precisa e quer
por Maria Elizabeth Horn Pepulim e Francisco Antonio Pereira Fialho
Resumo: Este artigo trata do usuário da TV digital aberta brasileira. Coloca algumas considerações sobre o usuário, e da pesquisa de opinião vista que quer compreender realmente o usuário antes de qualquer direcionamento de construção de conteúdo.
6 - Portabilidade e mobilidade na TV digital
por Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza e Maria Cristina Gobbi
Resumo: Destaca a portabilidade e a mobilidade da televisão digital como possibilidades de promoção para a hospitalidade social. Assim, com a televisão digital, é possível que tenhamos nova forma de sociabilidade que permite a construção de laços sociais e a hospitalidade social nos espaços públicos.
7 - Gestão de significados em movimento: intertextualidades
por Aldo de Albuquerque Barreto
Resumo: O fio condutor desta narrativa é o pensamento do autor que registra coisas esparsas, e até já faladas em um domicílio de escrita. O texto em si é um estudo para verificar a possibilidades de se ordenar e agregar uma coleção intertextual de reflexões; coisas ditas ou publicadas, memórias ainda escondidas e sem morada certa que precisam estocadas para permitir a deslembrança.
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Ainda, no DZG de Outubro 2011 temos a recensão de: “The "Laws of Imitation" por Gabriel Tarde e artigo "Da classificação dos seres à classificação dos saberes". Os LINKS remetem a sites relacionadas com os artigos deste número. Em Colunas temos o texto: O Brasil já possui massa critica para XML-Publishing científico por Ariadne Chloe Furnival e Peter de Padua Krauss.
O DataGramaZero de outubro de 2011 está disponível em:
http://www.datagramazero.org.br
http://www.dgz.org.br
Este é um periódico privado mas de acesso livre e tem o ISSN 1517-3801. É indexado no Brasil e no exterior e esta' disponível na Internet em formato html, livre para leitura e cópias. No mesmo site é possivel o acesso aos onze anos do Datagramazero com cerca de 45 números da Revista, 350 artigos, algo como 400 autores e 5 mil referências vinculadas a estes artigos.
O DataGramaZero está registrado no Latindex - Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal em: http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=2&folio=9535
O periódico é unicamente virtual e tem por objetivo induzir e construir elementos facilitadores de um melhor acesso à escrita e leitura digital. Tem um leitorado médio estimado em 4.000 acessos ao mês. Está listado no último Qualis da Capes para mais de uma área do conhecimento.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Reinventar o trabalho para conseguir emprego
Em Ciências Sociais, economia do dom, economia da doação ou economia da dádiva ou ainda cultura da dádiva é uma forma de organização social na qual os membros fazem doações de bens e serviços valiosos, uns aos outros, sem que haja, formal ou explicitamente, expectativa de reciprocidade imediata ou futura. Todavia, a obrigação de reciprocidade existe, não necessariamente envolvendo as mesmas pessoas, mas como uma corrente contínua de doações.
A economia do dom é uma forma econômica baseada sobre o valor de uso dos objetos ou ações. Contrapõe-se portanto à economia de mercado, que se baseia no valor de troca de bens e serviços. A doação é na realidade uma troca recíproca com algumas características definidas por convenções e não por regras escritas: a obrigação de dar, a obrigação de receber, a obrigação de restituir mais do que se recebe.
A economia do dom é uma forma de organização, não um tipo de contrato. Marcel Mauss escreve: Não se está falando em termos legais: estamos falando de homens e grupos de homens, porque são eles, é a sociedade, são os sentimentos humanos (...) que se transformam em ação. A economia das redes sociais interage com a economia do Dom. [1]
Conhecer pessoas é o que constitui uma rede de convivência as formas de relação social são concretas e permeadas de atitudes recíprocas e atualmente as redes interpessoais dão espessura aos mercados de trabalho tornando pouco plausível a ideia de impessoalidade nos mercados.
A experiência de crescer online esta mudando a expectativa de emprego para esta força de trabalho em formação. Os iniciantes no mercado de emprego devem esperar encontrar condições não convencionais e da qual pouco conhecem os caminhos. A questão é se egressos das graduações, e até egressos da pós, estão preparados para enfrentar este novo contexto e estão abertos ao desenvolvimento das novas técnicas que facilitarão seu emprego.
As gerências de recursos humanos de todo o mundo vêm modificando suas expectativas para se adaptar a esta nova forma de trabalhar que possibilitara o empregamento. Abaixo estão algumas características relevantes do perfil do trabalho para o emprego na vida online e mostra como as empresas terão que mudar para se amoldar ao futuro de seus empregados[2]:
1. No cenário da web todas as ideias competem no mesmo nível. As ideias ganham suporte pelo mérito e não pelo poder político daquele que as colocou.
2. As contribuições em convivência se valorizam. Na web o que conta não é o seu Currículo, mas como e com o que você pode contribuir.
3. Online as hierarquias são naturais e não formadas pela norma das hierarquias constituídas.
4. Grupos se definem em liberdade e se organizam pela confiança.
5. Os recursos são atraídos e não atribuídos. Os recursos são alocados em cada ano legal. Na web, os recursos são atraídos pelas boas ideias e projetos.
6. O poder vem pela informação que você compartilha. O mundo online é da economia do doador. Para ter influencia tem que distribuir seu talento e seus conteúdos.
7. As opiniões são partilhadas em convivência e ganham aquelas que têm mais e melhor seguidores.
8. Clientes têm o poder de veto. Se a política ou o projeto agrega sentimento contrários a organização são vetados e interrompidos.
9. Na web a o dinheiro conta muito, mas o reconhecimento vale muito também.
Como será o processo para reinventar trabalhadores e fazê-los consistentes com esta emergente nova sensibilidade voltada para a sociabilidade e , também, em uma economia da dádiva.
AAB
[1]Wikipedia e Marcel Mauss - "Essai sur le don. Forme et raison de l'échange dans les sociétés archaïques", publicado em L'Année Sociologique, 1923-1924.
http://classiques.uqac.ca/classiques/mauss_marcel/socio_et_anthropo/2_essai_sur_le_don/essai_sur_le_don.pdf
[2]“The Facebook generation vs Fortune 500” publicado no blog do Wall Street Jounal.
http://blogs.wsj.com/management/2009/03/24/the-facebook-generation-vs-the-fortune-500/
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