terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Um avatar do que sonhamos ser








































Um avatar do que sonhamos ser

Tem sido muito pensado neste século do espaço cibernético a questão do valor da tecnologia da informação, quando ponderado contra a possibilidade de uma existência mais simples e com mais felicidade.

Qual é o papel da informação eletrônica neste grande dilema do ser humano atual.  Quanto da informação se orienta para uma inteligência coletiva e quanto  para uma inteligência de competição individual  e organizacional. E quanto se orienta para a felicidade do ser humano na simplicidade dos seus espaços reais de convivência. Espaços do simples e doce sentimento da existência.

Domina o agir atual um fatalismo de agregação de valor individual, que quer determinar o curso dos acontecimentos como fixado e impossível de ser alterado. Esta imobilidade silente transforma o pensar em público em algo  escondido, subversivo, sem esperança e infeliz.

A convivência atual acontece virtualmente em uma realidade paralela de salas de discussão e mensagens eletrônicas; os jovens preferem a comunicação instantânea  de "torpedos" do “WhatsApp” para conviver e relatar no momento da vivência sua vida aos companheiros. A troca de sentimentos e informação vem sendo reprimida,  pois necessita de uma presença fisica de cercania.  Cada vez mais a opção  de uma vivência escondida se mostra nesta nova tecnologia da informação como a dos "Chats", o "Facebook", o "Twitter", os "Podcasts" e os RSS. Uma secunda vida se tornou possível em uma outra realidade.

Qual o limite dos em ambientes virtuais de convivência ou  do pensar colaborativo. Sempre me preocupou refletir sobre qual é o limite da tecnologia, ou a partir de que ponto este conjunto de conhecimentos e princípios  deixa de ter interesse social.


Penso que é quando a tecnologia  deixa  de trabalhar em benefício do indivíduo e volta para lhe causar problemas. As novas tecnologias de informação de tão intensas produzem, também,  medo, pois ao aumentar os poderes do homem o transformam no objeto da ação destes poderes, principalmente quando: O doce sentimento da existência é vivido por nosso outro;   um avatar do que sonhamos ser. Uma vivência sem presença.

Aldo Barreto 
dez 2014

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