sábado, 24 de setembro de 2011

Mundos virtuais na web 3.0




[trechos do texto de “Contato de terceiro grau: Plataforma digital aprimora a relação dos usuários com a internet” de Yuri Vasconcelos para a Revista Pesquisa Fapesp, n. 187, Setembro 2011]



Quando surgiu, no início dos anos 1990, a internet não comportava nenhuma interatividade com as informações que apareciam na tela. A primeira geração digital, ou web 1.0, era, em linhas gerais, “passiva” e acessada pelos usuários quase exclusivamente para obtenção de dados, como se fosse uma grande enciclopédia. Tempos depois, ela tornou-se uma via de mão dupla e passou a oferecer um leque variado de possibilidades interativas aos internautas.

É nesse estágio, da web 2.0 – um termo proposto em 2004 pelo empresário norte-americano Tim O’Reilly –, que nos encontramos hoje. Mas os teóricos da tecnologia da informação já vislumbram para o futuro um terceiro estágio, a web 3.0, que será uma espécie de internet “inteligente”, em que programas intensificarão as interações entre eles para compor novos recursos e serviços em uma nova dimensão. Para esse cenário foi projetada na Universidade de São Paulo (USP) a Plataforma JamSession, ao mesmo tempo um ambiente de software para mediação e coordenação de serviços digitais e uma arquitetura computacional para construir agentes virtuais inteligentes, capazes de reagir às ações dos internautas.

De uma forma simplificada, a JamSession é uma plataforma que utiliza conceitos e técnicas de inteligência artificial, em que os sistemas recebem e processam informações de forma autônoma ou quase que “raciocinam” sozinhos e passam a fornecer soluções, para integrar recursos digitais preexistentes, como softwares e games, e produzir novos resultados que podem aprimorar a interação do usuário com o computador, diz o pesquisador coordenador do projeto.

A plataforma, destinada a programadores, pode ser usada na construção de vários sistemas como governo eletrônico, ambientes inteligentes para apoio a pessoas com necessidades especiais e sistemas sociais para respostas a situações de emergência. Em comum, eles poderão contar com personagens virtuais que interagem com os usuários, inclusive com expressões faciais. É possível que expressem estados de humor, emoção e criem relações de empatia entre usuários e sistemas. Assim, na tela do computador apareceriam atendentes virtuais capazes de entender o problema de um usuário e mostrar soluções.

Ver http://www.fapesp.br/publicacoes/microsoft/microsoft_silva.pdf

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